Testes de Jerez

A Toro Rosso encerrou o primeiro dia de testes em Jerez de la Frontera com os seus dois pilotos na frente prosseguindo, assim, o duelo entre os Sebastien em luta por uma vaga para 2009.
Buemi foi o mais veloz, conseguindo uma volta em 1m18.742s, ficando meio segundo à frente de Bourdais, no outro monolugar italiano.Em terceiro e quarto ficaram os dois McLaren-Mercedes, com o britânico Gary Paffett a superiorizar-se a Pedro de la Rosa, com os dois a trabalharem nos conceitos aerodinâmicos para 2009 e no desenvolvimento dos pneus slick.
Em quinto aparece o finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari, que apenas testou pneus slick para se adaptar às novas regras, com o F2008 a não sofrer qualquer alteração aerodinâmica ou técnica de grande magnitude.
A BMW-Sauber não esteve muito bem ao longo do dia, com Nick Heidfeld e Christian Klien a completarem apenas 19 e 15 voltas, respectivamente. O alemão viu-se a braços com um problema no motor, ao passo que Klien pilotou um carro com o sistema KERS, sofreu um problema mecânico não identificado, o que o impediu de fazer melhor do que o nono tempo.
Kazuki Nakajima, da Williams, foi o sétimo mais rápido, logo na frente de Nelsinho Piquet, que foi, de longe, aquele que mais trabalho efectuou no traçado andaluz: 124 voltas, com um monolugar de 2008 mas com carga aerodinâmica no mínimo para simular as futuras asas.

Motor único

O site britânico Autosport.com refere hoje que já existirão cinco equipas interessadas no fornecimento dos motores standard Cosworth, sendo que a surpresa é a hipótese de a Renault aderir a essa modalidade.
Oficialmente, a FIA já confirmou os contactos de três equipas interessadas em adquirir motores Cosworth por uma quantia total de 8,1 milhões de euros por ano, valor para um acordo com quatro equipas e que pode ser reduzido consoante o número de interessados.
De acordo com o site da revista britânica, as independentes Williams, Force India, Red Bull Racing e Scuderia Toro Rosso já terão demonstrado o seu interesse nesta proposta. A maior surpresa vem, no entanto, da Renault, que também poderá estar a ponderar correr com um motor “de fora”.
Não é segredo que a casa-mãe francesa tem pressionado a equipa de Fórmula 1 para justificar o seu envolvimento na modalidade, sendo que os maus resultados obtidos em 2007 não terão ajudado à causa de Flavio Briatore. Contudo, a segunda metade da temporada 2008 deverá ter aliviado um pouco dessa pressão, ainda que a marca continue a considerar os custos, em especial dos motores, muito elevados. Recorde-se que a FIA anunciou recentemente os moldes do acordo com a Cosworth para o fornecimento dos motores standard, que contarão ainda com transmissões iguais para todos os fornecidos. Nesse esquema foi revelado que nenhuma equipa será obrigada a adquirir os motores standard, indo ao encontro dos desejos da Ferrari, Mercedes, BMW e Toyota, mas que também não poderão obter qualquer ganho devido a esse facto.